sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A todos um Feliz Natal!


Então é Natal

Então é Natal :)

PRELÚDIO DE NATAL
Tudo principiava
pela cúmplice neblina
que vinha perfumada
de lenha e tangerinas

Só depois se rasgava
a primeira cortina
E dispersa e dourada
no palco das vitrinas

a festa começava
entre odor a resina
e gosto a noz-moscada
e vozes femininas

A cidade ficava
sob a luz vespertina
pelas montras cercada
de paisagens alpinas


David Mourão-Ferreira

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

É verdade...

Programa da Festa de Natal.

Estão todos convidados!!!

Festa de Natal
Dia 17 de Dezembro
Manhã:
09:30h
Corta Mato
*                     Torneio de Ténis de mesa

Local: Pavilhão/Exterior da Escola
Responsáveis: Professores de Educação Física

10:00h
        Actividades de Palco
o    Coro de Natal: “Sino de Belém”,”Hoje ao Acordar”,“Natal de Elvas” e “A todos um Bom Natal”
o    Dramatização “Noite de Natal” Educação Especial (Dr. Alexandra).
o    Medley de Natal do Clube de Música
o    Dança de Musicoterapia de Educação Especial (Dr. Sara).
o    Dramatização “ Carta ao Pai Natal” do Clube de Música
o    Teatro “Meninos de todas as cores” do 8ºC
o    Poemas de Natal do 6ºD
o    Danças do Clube de Dança
o    “Foi Feitiço” do 9ºF (Karaoke)
o    Dança “ Hula! Hula! “ da Educação Especial
o    Poemas de Natal 9ºC
o    Dança “Flor ida right round” do 7ºF
o    “                  “ 9ºB (Karaoke)
o    Dança Tectonik
o    Dança da mãozinha

12:00h
FIM

Local: Sala de Ginástica.
Som: Senhor Mário.
Responsáveis: Carla Canto/Aparecida Nogueira/Anabela Félix/Felicidade Marinho/Verónica Costa.

Tarde - 14:00h
Pré- Escolar:
Salas A e C- Momentos de Poesia
Salas B e D- Canção “Mimada”
1º Ciclo:
1º A: Canção “Pai Natal Cansado”
1º B: Canção “Brilha, Brilha a Estrelinha”
2ºA e B: Dança “ Shakira”
3ºA/B e C: Canção” À volta do Pinheirinho”
4ºA/B e C: Canção “Ah! Ah! Ah! Olha uma estrelinha”
 4ºA/B e C: Teatro–Direitos das Crianças –artigo 37º

16:00h
FIM

Local: Sala de Ginástica.
Som: Senhor Mário.  
Responsáveis: Maria Albertina Ferreira e Ana Maria Aguiar

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

E mais um conto...

A tia Miséria
Era uma vez uma velhinha que vivia sozinha no alto de um monte, longe de tudo. Era muito pobre e todos lhe chamavam Tia Miséria. Vivia numa pequena casinha feita de pedra e madeira. Alimentava -se do que cultivava no seu quintal. Junto à casa tinha uma grande figueira, mas nunca conseguia comer um único figo. Era a sua maior tristeza.
Certo dia bateu-lhe à porta um peregrino e ela recebeu-o com muito carinho. No dia seguinte, quando ia embora, o peregrino disse à tia Miséria para pedir um desejo. A tia Miséria pediu que quando alguém subisse à figueira não pudesse descer sem ela chegar.
Dias depois, muito cedo, ouviu o galo cantar e sentiu que algo de estranho estava a acontecer. Saiu de casa e viu uns meninos aos gritos no cimo da figueira, pois não conseguiam descer. Cheios de medo, pediram à tia Miséria para os deixar sair, prometendo que nunca mais ali voltariam.
Alguns dias mais tarde a tia Miséria ouviu novamente o galo a cantar e sentiu que estava para acontecer mais alguma coisa. Era a Morte que a vinha buscar. Como não queria morrer, pediu à Morte que fosse à figueira buscar-lhe um figo, pois não queria morrer sem provar um figo da sua figueira. A Morte foi e ficou presa na figueira.
No dia seguinte, a tia Miséria tinha à sua porta jornalistas, médicos, ministros e muitos outros a pedir para libertar a Morte, mas ela não a deixava sair.
A Morte, já desesperada, pediu à Tia Miséria que a deixasse sair da figueira prometendo-lhe que não a levaria. Deixava-a ficar para sempre no Mundo.
A tia Miséria concordou e deixou-a ir embora.



2º B -EBI

Hora do conto.

Mais um conto...


PLANO DE ACTIVIDADE

Tema: Hora do conto – Biblioteca da escola

Ano: 1º A
Duração prevista da actividade: 2 de Novembro


Objectivos: Estimular o poder da comunicação, desenvolver a criatividade e a imaginação., levar o aluno a produzir textos, despertar o gosto pela leitura e escrita e promover hábitos de leitura.


Áreas envolvidas: Língua Portuguesa, Expressão plástica, Educação Cívica, Área de Projecto (projecto Operacional “As Tic, um desafio na Língua Português,, ler com os sentidos”) e Informática.
Descrição das actividades previstas:
Apresentação do professor contador da história: Professor Rui Quinteiro;
Audição da história: “A tia miséria”, com cenário e dramatização;
Conto da história;
Registo da história em Word, pela professora, uma vez que ainda não sabem escrever;
Desenhos dos momentos mais significativos;
Digitalização dos desenhos mais identificativos;
Envio do nosso trabalho para o blogue da biblioteca.




Hora do conto “A tia miséria”

A tia Miséria era uma velhinha que vivia sozinha numa casa. Ela cultivava muitos alimentos no seu campo e tinha uma figueira no seu jardim.
Todos os anos a tia Miséria não comia nenhum figo, porque os meninos quando vinham da escola saltavam o muro e comiam ou estragavam os figos todos.
Certo dia, apareceu lá em casa um peregrino que lhe pediu ajuda e a tia ofereceu-lhe a sua casa para descansar. Antes de o peregrino ir embora ofereceu à tia Miséria “um pedido”. Ela contou-lhe a história da figueira e pediu-lhe que pudesse comer um figo da sua figueira.
No ano seguinte, a figueira ficou cheia de figos e lá vieram os meninos roubá-los, mas a tia Miséria castigou-os com o poder que o mendigo lhe tinha dado e fez com que ficassem agarrados algum tempo à figueira. Eles foram castigados, mas a figueira ficou sem figos e a velhinha já não comeu.
Mais tarde, apareceu em sua casa uma sombra enorme, que era a Sra Morte. Ela queria levá-la. A tia miséria pediu-lhe que não a levasse antes de provar um figo da sua figueira. Ele concordou e esperou que a figueira ficasse cheia de figos.
Quando a figueira ficou carregadinha de figos, a Sra Morte apareceu e ela pediu-lhe para ir buscar-lhe um figo porque era velhinha e não conseguia subir à árvore. Ele concordou e a velhinha com o seu poder fez com que a morte ficasse agarrada à árvore e não a levasse.
Como ninguém morria, ela decidiu fazer um acordo com a Morte. Ele deixava-a viver e ela deixa-o sair da árvore. A Sra Morte concordou e a velhinha não morreu e começou a comer os figos da sua figueira. Os meninos não tornaram a roubar; quando queriam um figo pediam à tia miséria.
Não se deve roubar, isso é muito feio!

Contada pelos alunos do 1ºA

Hora do conto.

Já temos algumas histórias recontadas pelos nossos alunos...
“A tia Miséria”

Era uma vez
Uma velha, mesmo velhinha.
Gostava de cultivar
A sua rica hortinha.

Rica hortinha tinha ela:
Couves, nabos e nabiças.
Cuidava da sua saúde,
Só comia hortaliças.

Só comia hortaliças
E tratava duma figueira.
Não comia um só figo,
Por causa da brincadeira.

Brincadeira dos garotos
Que por ali passavam.
Roubavam todos os figos,
Que na árvore habitavam.

Na árvore habitavam
E um peregrino chegou.
Como estava cansado,
Na casa da velha ficou.

Na casa da velha ficou
E à lareira comeu.
Uma migalha de pão,
Que a velha lhe ofereceu.

Que a velha lhe ofereceu
E logo de manhã partiu.
Mas rapidamente a velha,
Um desejo lhe pediu.

Um desejo lhe pediu
E ele se realizou.
Quando os garotos subiram,
A figueira os paralisou.




A figueira os paralisou
Pela velha esperaram.
Quando ela chegou,
Numa gritaria estavam.

Numa gritaria estavam
E à tia Miséria pediram
Para os deixar descer
E rapidamente fugiram.

Rapidamente fugiram
Mas algo, estranho aconteceu.
O galo pôs-se a cantar,
E a morte à porta bateu.

A morte à porta bateu
Para a tia Miséria levar.
A velha um desejo pediu,
Que era um figo ir buscar.

Era um figo ir buscar
Para ela o comer.
Então a morte ficou presa,
E implorou para descer.

Implorou para descer
E a velha dizia:
- Não sais, não sais e não sais!
E a morte até tremia.

A morte até tremia
E um exército gritava.
Jornalistas, padres e médicos
Nenhum, a vida ganhava.

Nenhum, a vida ganhava
E a morte uma promessa fez.
Se a deixasse descer
A Miséria no mundo
Ficava de vez.

E assim aconteceu!
Nós gostámos desta história,
Obrigado ao Prof. Rui.
“Não sais, não sais e não sais”,
Ficará na nossa memória.



Trabalho Colectivo 4º ano - Serafão

Hora do conto.

O Prof. Rui Quinteiro contou esta história a todos os alunos do pré-escolar e 1º ciclo do agrupamento

A Tia Miséria
No cimo de um monte, longe da povoação vivia uma velhinha muito pobre e solitária: era conhecida pela tia Miséria.
Vivia numa casinha de pedra e madeira e tinha um pequeno quintal com árvores de fruto onde praticava agricultura biológica; cultivava todos os legumes que precisava para a sua alimentação saudável. Ela adorava comer a sua alface, cenoura, curgete, tomate, beringela, rabanete, mirtilos e framboesas. Nunca comia fritos nem gorduras. Só de vez em quando é que comia uns biscoitinhos caseiros com pouco açúcar, que eram feitos por ela própria, quando tinha tempo para isso. Em frente à porta tinha uma figueira muito especial.
Tudo sofria com paciência e resignação, mas só uma coisa não desculpava, nem perdoava: que os garotos subissem à figueira e lhe roubassem os figos. Nunca tinha conseguido provar um único dos seus figos.
Uma noite bateu-lhe à porta um peregrino; correu a abri-la e deu ao peregrino a migalha de pão que reservava para si.
No dia seguinte, despediram-se e ele, como forma de agradecimento, disse-lhe que pedisse o que quisesse.
- Só peço que quem subir à minha figueira não possa descer sem o meu consentimento - respondeu a velhinha.
No outro dia, quando saiu à rua, encontrou três garotos em cima da figueira.
- Oh tia Miséria, perdoe-nos pelo amor de Deus! Tire-nos daqui, não podemos descer.
- Ah seus marotos! Não sabem que roubar é muito feio? Por esta vez, vá; se lá voltarem hão-de ficar lá muitos anos.
E os garotos desceram e não mais voltaram à figueira.
Um dia de manhã, entrou-lhe em casa uma mulher de horrendo aspecto, vestida de negro e armada de foice com asas negras nos ombros e nos pés.
- O que me quer? - Perguntou a Miséria a tremer.
- Eu sou a Morte e venho-te buscar!
- Já? Espere mais uns anitos!
- Não pode ser - respondeu a Morte.
- Faça-me ao menos um favor: suba à minha figueira e apanhe-me um figuito. Quero comê-lo.
A morte subiu à figueira, mas não pôde descer. Pôs-se a chamar a velhinha. Esta respondeu: tem paciência, aí ficarás para todos os séculos. És má, tens feito muitas desgraças…
E a Morte ficou em cima da figueira.
Passados dias tinha a velhinha em frente da sua porta um exército, composto de padres, ministros, jornalistas, médicos, enfim, de todos aqueles indivíduos que lidam com a morte diariamente. Todos pediam à velhinha que autorizasse a Morte a descer da figueira, mas a velhinha respondia: «Não quero, não quero e não quero.»
Falou então a Morte do alto da figueira e fez com a velhinha um contrato: poupar-lhe a vida enquanto o mundo fosse mundo. A velhinha consentiu e a Morte desceu. Por isso enquanto o mundo for mundo a miséria existirá sobre a terra.

Reescrita e recriação de Rui Quinteiro

Texto adaptado a partir de
Teófilo Braga, in Contos Tradicionais do Povo Português, Texto Editores.

Natal Digital...